quinta-feira, 30 de outubro de 2014

As noites

Ainda não conseguimos encontrar a formula perfeita para termos noites tranquilas cá por casa.
Começamos os banhos das crianças por volta das 21.30h. Toma o Afonso, depois o Manel, o Afonso vai para a cama dele com o pai e o Manel fica a mamar.
Adormecem os dois, depois o pai e a mãe. Até aqui perfeito!
O Manel faz o primeiro soninho de 3 horas, depois acorda para mamar. E aqui é que começa a festa...
Mama, faz cocó, mudo a fralda, desperta, mama e mama e mama... até, finalmente, adormecer. Nisto passam 2 horas!

O Afonso aprendeu a vir para a nossa cama quando acorda durante a noite e, em hipotese alguma, quer voltar para o quarto dele. Se vier enquanto o Manel dorme no berço, abraça-se a mim e adormece logo, se o mano está acordado lá se vai a noite de sono. Não dorme sem ser comigo, faz barulho e desperta o mano que adormece na mama, por isso mama e mama e mama... e o Afonso em desespero. Até que o pai embala o mais novo, que demora uma eternidade a adormecer se não for comigo, e eu tento adormecer o Afonso, que entretanto já perdeu o sono.
Nisto passam as horas e o pai vai trabalhar cheio de sono, o Afonso fica com sono e rabugento e a mãe fica com sono e remorsos porque o Afonso não dormiu bem. E culpa por ainda não ter encontrado a formula perfeita...

Resta-me a esperança que dentro de pouco tempo o Afonso deixe o mano deitar-se ao lado dele e que o Manel cresça depressa para dormir numa cama familiar. Não será a formula perfeita, mas não haverá tanto sono de manhã.

O que aprendemos com a maternidade?

A fazer TUDO só com uma mão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Colo

O Manel gosta de dormir ao colo, o Afonso também gostava. E quem não gosta de um colinho confortável, cheio de amor, a cheirar àquilo que o alimenta?

As pessoas mais velhas dizem que é mau hábito, os pediatras dizem que é o que os torna em adultos confiantes, eu digo que é a melhor coisa do mundo.

O Afonso já não dorme ao colo, mas é ao meu colo que se aconchega quando está nervoso, inseguro, cansado, triste. E o meu colo acalma-o, dá-lhe a segurança que não encontra em mais lado nenhum. Daqui a uns anos já não vai querer o meu colo, nem quando estiver a precisar dele, mas vai ter a certeza que ele está cá para o receber.

O Manel dorme profundamente ao meu colo como em mais lado nenhum. Sente a segurança inabalável do colo da mãe. Depois só o vai querer quando precisar. E depois já não o vai querer.

Seria louca se não aproveitasse todos os momentos de sono profundo que ele faz ao meu colo, como aproveitei os do Afonso e que já não voltam.

O Manel dorme profundamente e eu sou uma mãe que o deixa dormir ao colo. E isso faz-me feliz e, sem dúvida, melhor mãe.

Maria

Assim se chama a minha sobrinha que nasceu ontem à tarde.
Um parto rápido e mágico, uma bebé gordinha, uma mãe derretida.

E assim cresce a família.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Não é lindo?

 
Sim, sou uma mãe babada...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Os manos

O amor vai crescendo entre eles. O Afonso gosta, genuinamente, do mano. Olha para ele com um sorriso e um brilho nos olhos. É o bebé dele. É assim que lhe chama: bebé.
O meu coração fica a explodir de amor quando o vejo mimar o mano.

Hoje o Manel começou a chorar enquanto eu estava a tomar o pequeno almoço. Quando cheguei ao pé dele já o Afonso lhe abanava a alcofa para trás e para a frente...

Aos 11 dias

Caiu o umbigo ao Manel. Estava por um fio e caiu ao mudar a fralda. Finalmente!
Que raio de coisinha que atrapalha tanto...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Noites e manhãs a 4

Desde que o Manel nasceu que a vida noturna cá por casa mudou.
 
Começa na hora dos banhos, que damos mesmo antes de irem para a cama. O pai dá banho ao Afonso, a mãe veste o Afonso, enquanto o pai dá banho ao Manel, depois a mãe veste o Manel. Perece simples, mas não é. No outro dia vestimos os dois duas vezes (um bolsou e o outro fez xixi).
 
Depois caminha. O pai deita o Afonso, enquanto a mãe dá mama e adormece o Manel. Depois temos a hora do sono, que no máximo dura 3 horas. Depois acorda o Manel com fome e o Afonso pisga-se para a cama dos pais.
 
Pela noite fora repetem-se as mamadas com intervalos mais pequenos.
 
Às 8 horas, no máximo, estão os dois filhos acordados, o pai já saiu para trabalhar e a mãe tem que tratar dos dois (quase) ao mesmo tempo. Leva o mais novo para baixo, depois vai buscar o mais velho. Tenta que o mais novo fique quietinho na alcofa enquanto o mais velho come a papa e faz xixi no bacio. Depois pega no mais novo, troca a roupinha da noite que já vai cheirando a azedo do bolsado que vai havendo durante a noite, troca fralda, dá mama. Tenta que o mais velho esteja entretido a ver o Mickey enquanto o pai não chega.
 
O pai chega, a mãe respira de alivio, mais uma manhã conseguida sem grandes choros, o pai veste o mais velho, a mãe acaba de dar mama ao mais novo e tenta adormece-lo enquanto o mais velho vai para a escola para a mãe puder, finalmente, tomar o pequeno almoço!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Como nasceu o Manel?

Adormeci no sofá na sexta-feira à noite a ver TV. Acordei a cambalear a fui à casa de banho. Senti umas dores estranhas, umas picadas no rabo, nem me conseguia endireitar. Fui para a cama e dormi. Eram 3.20h quando tive a primeira contração. Torci-me toda e virei-me para o outro lado. 3.30h nova contração. Chamei o marido que se levantou num salto e começou a andar de um lado para o outro. "o que é que eu visto", "tenho que me arranjar", "é para ir?" eram as conversas dele, de um lado para o outro no quarto enquanto eu esperava por nova contração. Não queria ser precipitada e ir a correr para o hospital se fossem contrações passageiras. Não eram. Os intervalos nunca eram maiores que 10 minutos, sendo que iam diminuindo e as contrações eram dolorosíssimas. Liguei à minha mãe e o marido ligou ao irmão para irem ter ao hospital para levarem o Afonso para casa. O Afonso acordou, fez xixi e ficou todo feliz de ir para casa da avó.
As contrações passaram a ter intervalos de 5 minutos e depois menos.
Cheguei ao hospital e assim que viram uma grávida a sair do carro veio logo uma (abençoada) cadeira de rodas. Na triagem mandaram-me a correr para a obstetrícia. Fui logo observada e já tinha 4 cm de dilatação (às 5.30h). Fui logo para a sala de partos e levei epidural às 6.20h. Tudo tranquilo, passado uma hora já tinha 6cm.... As águas rebentaram mas a dilatação não aumentava. Voltaram as contrações em forte e levei reforço da epidural. Cada vez tinha mais dores... tinha o cateter mal posto. Tiveram que me dar NOVA epidural. Subia às paredes por essa altura! Depois de fazer efeito fiquei completamente drogada, tremia, tinha muito sono e umas comichões malucas. Continuava com os 6cm e o bebé muito subido. A parteira chegou a falar em cesariana...
Passados uns 20 minutos um médico apareceu e decidiu observar-me. Assim que fez o toque desatou a tocar na campainha. Tinha a dilatação toda e a cabeça quase de fora!
Vieram as enfermeiras, fiz umas forcinhas bem feitas e puff: Manel em cima de mim . Não tive dores NENHUMAS!
Nasceu às 10.47h com 2,950kg e é igual ao mano.

Estou apaixonada !

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Aos 4 dias de vida

O que já sei do Manel:

- é mais mamão que o Afonso (que já o era muito)
- não gosta da chucha
- adormece tranquilamente na mama
- tem dificuldade em controlar a entrada de ar pelo nariz quando mama...

- tem dificuldade de fazer cocó
- o berço e a alcofa têm picos
- é adepto do co-sleeping
- é lindo!

domingo, 12 de outubro de 2014

11 de Outubro

Mais um dia que passou a fazer parte do meu calendário de dias felizes.
Nasceu o Manel, eram 10.47h, com 2,950kg e é lindo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Não se pode

Então um bilhete de rede expresso comprado na net custa 8.70€ e o mesmo bilhete comprado ao balcão custa 9.20€? Por 50km? Num transporte público? Eu gasto muito menos de carro e ando mais confortável.
O que é que ganharam? Venderam menos um bilhete, que sai mais barato fazer a viagem de ida e volta de carro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Como se fala ao telefone com um cliente e se tem uma contração dolorosíssima ao mesmo tempo?

Fala-se sem respirar e dá-se graças por não se verem as caretas do outro lado do telefone...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Rrrrrrr!

O telefone tocou, era o marido, eu estava a dobrar um lençol, atendi e pus o telemóvel entre o ouvido e o ombro, o telemóvel escorregou e caiu (pela enésima vez), foi uma peça para cada lado, montei-o, liguei-o e constatei que morreu.
 
Era um telemóvel de 2 cartões que me dava um jeitão. Está todo branco com uma risca no ecrã.
 
Paz à sua alma e à minha que estou prestes a ter um piripaque.

39 semanas!


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Ainda cá estamos à espera

Fomos e voltámos do hospital.
 
CTG muito bom (bons movimentos, bons batimentos, poucas contrações), colo permeável a um dedo e muito comprido ainda. O médico diz que tenho o chamado "colo de multípara": já não é virgem nestas andanças, mas ainda está intacto. Fez o famoso toque (com direito a sangramento e dor) e pronto.
Vim para casa esperar pelo início de trabalho de parto espontâneo ou por dia 14 (com 39 semanas e 6 dias) em que já vou para ficar internada e faço indução.
 
A criança tem mais uma semana de estadia paga no hotel da mamã e não quer desperdiçar.
 
Continuo bem, com pequenas contrações, mas nada de mais. Estou a sangrar, mas o normal depois do toque. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Sabes que as hormonas te levaram a melhor

Quando ouves na televisão que a Amália Rodrigues morreu há 15 anos a ficas com os olhos lavados em lágrimas...
 
WTF?

38 semanas e 5 dias

Foi exetamente com este tempo de gestação que o Afonso nasceu. Se passar de hoje, esta será a minha gravidez mais longa (apesar de já a sentir assim há algum tempo).
 
Hoje estou nervosa, ansiosa. Chegou a semana das 39 semanas, aquela que eu pensei que não chegaria por o Manel nascer antes. Aquela que eu tinha a certeza que seria, definitivamente, a última.
 
Amanhã vou ao hospital e devo levar o magnifico toque que descola as membranas (assim espero). Não sei se volto para casa com o Manel ainda na barriga ou se já só volto com ele no colo.
 
Hoje olhei o Afonso com outros olhos, com olhos de saudades do meu menino, do meu filho único que vai deixar de o ser. Ele não sabe bem, mas a vida dele nunca mais será a mesma depois do mano nascer. Vai ser melhor, mais preenchida de amor, com um melhor amigo para a vida, com o abraço que só um irmão nos dá, mas vai ser também uma vida de partilha daquilo que mais ama e que tem sido só dele: os pais.
 
Acho que é um sentimento comum a todos os pais, ou pelo menos mães, de segundo filho: temos a certeza que lhes estamos a dar o melhor presente do mundo, mas temos tanto medo de os fazer sofrer. Com a nossa ausência, enquanto estamos no hospita,l e com a diminuição natural da atenção quando chegarmos a casa.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

À espera

Os dias passam e nem parece verdade que estou tão pertinho de ter o meu segundo filho.
 
Estou ansiosa como não estive no final da primeira gravidez. Talvez seja por ser o segundo e já saber o que me espera. Talvez seja por não ter nada marcado e estar à espera que o meu menino queira nascer.
 
Estou cansada desta barriga (apesar de deixar saudades por ser, provavelmente, a última), estou cansada destes inchaços (os pés e as mãos estão irreconhecíveis), estou cansada de estar pesada, gorda, sem grande mobilidade. Estou cansada de respirar mal, dormir mal, ter dores variadas.
Estou cansada de esperar.
 
Irra, que a gravidez é tão longa... Estou grávida desde o princípio do ano e já estamos quase no fim.
 
Estou muito tempo em casa e vou tendo tudo preparado, mas estou farta de estar com tudo em ordem à espera que chegue a revolução cá a casa. Preciso de mais movimento, mais coisas para fazer. Preciso de conhecer o meu Manel, de o apresentar ao mano, de o cheirar e cheirar o Afonso, de o pôr ao colo do Afonso e de ficar com o coração a transbordar, de olhar para ele e depois para o marido e sorrir de felicidade e amor, de o ver ao colo do pai, de dar colo aos dois ao mesmo tempo e mostrar-lhes que este colo vai ter SEMPRE lugar para os dois. Os meu meninos.
 
Esta espera cansa tanto.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Angel

 
A minha música de sempre, a voz pura e simples de uma menina, as lágrimas de emoção incontroláveis.

Sabes que a maternidade te levou a melhor

Quando chegas a casa, acendes a televisão e passado uma hora reparas que estás a ouvir o Disney Júnior... e o miúdo não está em casa.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Faço anos!

29!
Parabéns a mim!