sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tenho saudades...

De quando era miúda e não tinha preocupações. À sexta-feira à tarde não tinha aulas e podia fazer o que me apetecesse (e a minha mãe me deixasse). Por esta altura do ano já as piscinas municipais estavam abertas e era esse o meu lugar preferido. Era lá que dava grandes mergulhos, fazia piruetas dentro de água, inventava malabarismos (eramos uns peixinhos) e sentia-me bem. Sempre fui a mais magra de um grupo de 5/6 amigas íntimas, pelo que me sentia uma sereia em plena piscina municipal. É claro que tinha idade era para brincar com Barbies e que ainda tinha "medo" dos rapazes, mas era tão bom ter tardes recheadas de cuchichos infantis e dúvidas existenciais importantíssimas...
Também costumavamos andar de bicicleta, sempre em grupo, que nem umas loucas, por esses campos fora. Uns dias dava para a esfoladela no joelho, outro dava para a queda no buraco mais escondido, ou até mesmo para a queda por batermos umas nas outras (bicicletas, claro). Riamos até chorarmos. Faziamos dramas de coisas pequenas e aproveitávamos o dia até o Sol se esconder e termos que ir a correr para casa para não ficarmos de castigo.
Era tão bom quando as maiores preocupações eram saber se não falhava a hora que estava combinada com o grupo, sob pena de ficar "a pé", saber se vestia os calções de lycra brancos ou os verdes (sim, sou do tempo em que tinhamos calções de lycra de todas as cores), se fazia os trabalhos de casa logo à chegada da escola, se os guardava para domingo à noite com a supervisão da mãe irritada. Ah, era tão bom... O que me sossega o coração é saber que gozei bem as despreocupações, as férias grandes, as noites de Verão sem fim, a dependência das amigas e que fui sempre muito feliz.
Agora tenho outros motivos para ser feliz, a saber:
  • um marido maravilhoso e o meu melhor amigo para a vida;
  • a amizade incondicional e sincera de duas melhores amigas, as minhas irmãs (de quem eu queria distância há uns anos atrás);
  • um sobrinho/afilhado lindo e maravilhoso que me deixa babadíssima;
  • um desafio profissional que me tira o sono e me faz sentir um caco quase todos os dias da semana, mas que ainda será fonte de orgulho e muita alegria (assim espero e luto).

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