Ontem, depois de uma viagem de quase 2 horas (muito frequentes nestes dias), tive que parar no hipermercado para comprar umas coisinhas para o jantar. Vinha com pouca coisa e com a minha barriga bem empinada.
Dirigi-me à caixa prioritária, pois claro. Àquela hora todas as filas estava cheias, incluindo a prioritária, embora ninguém pertencesse aos grupos abrangidos por este estatuto.
Como sempre, aproximei-me da fila e olhei para a senhora da caixa para ver se ela me via e me chamava, como manda a lei. Mas não. A senhora viu-me (e à minha barrigona), mas continuou a trabalhar como se nada fosse. Então aproximei-me dela e perguntei se podia passar, estavam uns 4 carrinhos cheios de compras à minha frente, ao que a senhora funcionária me respondeu "tem que perguntar a todos os clientes que estão à sua frente se não se importam que passe".
WHAT?!?!?!
Eu, gravidíssima e cansadíssima, era a única prioritária na fila de prioritários e tinha que pedir licença a toda a gente que estava (erradamente) na fila...
Voltei para o meu lugar, esperei o tempo que foi preciso, paguei a conta, perguntei à funcionária o nome dela e disse que ia fazer reclamação. E fiz. Na caixa central mostraram muito má cara, repetiram vezes sem conta que não tinha razão e que a ASAE não ia fazer nada. Disse-lhes que, se estavam tão certos disso, que não se preocupassem. Houve uma funcionária que ainda me disse que só tinha mesmo prioridade nos serviços públicos... Santa ignorância!
Felizmente, há pessoas informadas e noutros supermercados não tenho tido grandes problemas, só alguns clientes arrogantes e que me olham como se me quisessem bater por estar grávida e ter prioridade... Enfim.
Depois disto, tive que ir levantar dinheiro e uma mamã recente, com um bebé muito pequenino no carrinho, deu-me prioridade e disse, com um sorriso radiante "passe, passe, que está muito carregada e eu já descarreguei..."
Desejámos boa sorte uma à outra e saí de lá de coração mais quentinho.